NOSSA VOZ ATIVA!

domingo, 5 de fevereiro de 2012 0 comentários

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 Correnteza conversou com Raphael Almeida, titular da Chapa Voz Ativa que foi eleita para representação discente no Conselho Superior com 322 votos. Raphael  já está envolvido com o movimento estudantil a 3 anos; ocupa cargos nas entidades estudantil: como a direção da Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (FENET), Associação dos Estudantes Secundaristas do Estado do Rio de Janeiro (AERJ) e da União Municipal dos Estudantes do Rio de Janeiro (UMES); é militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR) e da União da Juventude Rebelião (UJR). Afirma que desde criança tentava compreender um pouco sobre a nossa Sociedade, e por que existia fome, miséria e guerra.  Na entrevista Raphael esclarece suas propostas como conselheiro. Confira:

Movimento Correnteza IFRJ – Como você iniciou sua vida política, e quais os motivos que o levaram a se tornar militante?

Raphael Almeida – Comecei me organizar politicamente, ou seja, entrar num partido, depois de ler um livro do líder da Revolução Russa, V. I. Lenin. Uma frase dessa obra sem dúvida mudou a minha vida: “A indiferença é um apoio tácito àquilo que é mais forte, àquilo que domina, isto é, aos partidos burgueses”.

MC – A chapa composta por você e seu suplente, Jônatas Marreiros, se chama Voz ativa; como vocês lutarão para torna a voz do estudante do IFRJ audível no Conselho Superior e fazer jus a bandeira que levantaram?

RA – Dentro do Conselho Superior tem gente que vive de fazer essa política nojenta que não beneficia ninguém. Faz as coisas por trocas, acordos, pelos seus interesses pessoais. Todos os conselheiros têm direito a voz e voto, nos cabe fazer bom uso de nossa intervenção e votar nas propostas mais avançadas.

MC – Qual é a importância para o movimento estudantil ocupar espaços como o Conselho Superior?

RA – No conselho Superior existem muitas alas reacionárias à educação, exemplo disso é a participação da FIRJAN (Federação das Indústrias), representantes do comércio e etc. Esses grupos só querem se relacionar com a educação para lucrar e encher os seus bolsos de dinheiro. Vide o PRONATEC, um programa que beneficia apenas a FIRJAN e a Confederação Nacional das Indústrias. Os estudantes ocupando aquele espaço que lhe é de direito é poder discutir toda a formulação da linha educacional, construtiva e ideológica que se dá dentro do IFRJ.

MC – Quais são as propostas voltadas para a política educacional do IFRJ?

RA – Primeiro devemos acabar com essa idéia de que quando alguma pessoa entra no IFRJ ela deve parar de pensar em abrir vagas e aumentá-las. Por exemplo, quando um aluno passa para a universidade pública, ele não está nem aí se vão abrir mais vagas, se vai existir o livre acesso ou não, ele que garantir o seu espaço. Não podemos deixar isso acontecer no IFRJ, devemos aproveitar que é uma coisa nova e reavaliar muitas coisas ruins que se petrificaram na antiga Federal de Química. Então nossa maior proposta de política educacional é garantir o acesso e permanência de cada vez mais trabalhadores, jovens de baixa renda para o IFRJ e garantir a expansão com qualidade. Onde os estudantes não precisam pagar pelo E.P.I., onde os valores das bolsas sejam decentes, e por aí vai!

MC – Como vocês irão dialogar com as bases no IFRJ? Existe um plano de ação voltado para essa questão? Qual?

RA – A proposta levantada pelo Jônatas, que eu particularmente gostei muito, foi a de voltarmos para os campi onde recebemos votos e não recebemos, para ver quais são as principais demandas e observar as necessidades dos estudantes, seja do PROEJA, graduação, técnico/médio e etc. Também vamos estreitar nossa relação com os servidores e técnicos administrativos, já que o Conselho Superior também influencia nessa questão. A base deve estar alinhada diretamente com nossa política, já que se no Conselho Superior as pessoas de lá não perceberem que os alunos estão apoiando as propostas, elas dificilmente serão aprovadas.

MC - Vocês possuem como política pública a construção de bandejões em todos os campi, como isso será negociado com o Conselho?

RA – Não será negociada, a luta da juventude não se barganha. É uma exigência do movimento estudantil e como exigência ela será tratada. Isso foi tirado na última reunião do movimento estudantil em todo o IFRJ durante a greve dos Servidores Federais, em 2011. Estou lá apenas para colocar na mesa as nossas exigências. Nós vamos conquistar esse bandejão.     

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