OQRJ: UM CAMINHO PARA O SUCESSO

domingo, 27 de novembro de 2011 0 comentários
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OQRJ (Olimpíada de Química do Rio de Janeiro) desperta por ano milhares de pessoas para testar seus conhecimentos químicos, que pode muitas vezes abrir oportunidades jamais pensadas, como por exemplo, a participação de Olimpíadas nacionais e internacionais, ou até mesmo ganho de bolsas em universidades particulares e universidades no exterior. E com isso que fomos entrevistar um dos organizadores da OQRJ, o Professor Rodrigo Ribeiro , numa entrevista em que foram sanadas as dúvidas sobre esse importante acontecimento anual, que pode trazer bons frutos a você.

Movimento Correnteza IFRJ - O que é a OQRJ? E qual seria o objetivo?
Rodrigo Ribeiro - Bom a OQRJ é a Olimpíada de Química do Rio de Janeiro, ela é a etapa estadual de um processo maior que é a Olimpíada Brasileira de Química (OBQ), e é também uma das etapas para a Olimpíada Internacional de Química. Para Olimpíada Internacional de Química, tem-se que formar uma equipe brasileira, através das etapas estaduais e nacionais. Além deste objetivo, outro é pegar aquele aluno de alto rendimento e dar uma atenção maior a ele.

MC - Qual seria a importância da OQRJ para um aluno do secundário?

RR - A importância é que aquele cara que é mais animado, que absorve mais informações, gosta mais de estudar, ele acaba tendo certa vantagem porque tem um rendimento maior, e na olimpíada ele pode mostrar isso, pois é um programa próprio para ele, e que pode ser reconhecido.

MC - E como funcionam as premiações?

RR - A OQRJ tem a premiação de medalhas de Ouro, prata e bronze na seguinte proporção respectivamente: 1; 2; 3. Tenta-se premiar as 20 primeiras melhores notas com as medalhas, e também quando necessário, tem a menção honrosa que quando a disputa fica muito acirrada (média muito alta), dá-se a menção honrosa para os quais alcançam um bom resultado, pois às vezes o aluno consegue 80% da prova e não consegue medalha.

MC - E qual seu papel na OQRJ?
RR - Eu entrei na OQRJ em 2007, na segunda edição, numa segunda fase, ajudando em questões e correção, e acabei ficando. Hoje participo da comissão (onde regula correção, criação de questões...), somos hoje em torno de oito integrantes, com vários professores do IFRJ, Pedro II e nosso coordenador estadual Paulo Chagas - IFRJ que é diretor da unidade de São Gonçalo.

MC - Há possibilidade do aluno ganhador da olimpíada conseguir uma bolsa ou algo parecido para faculdade?

RR - No exterior isso acontece, mas no Brasil já é mais difícil por ter mais universidades públicas, o que já tem hoje a PUC, por exemplo, hoje se o aluno tiver alguma medalha numa olimpíada nacional ganha uma bolsa no valor integral na área que ganhou medalha. Hoje a OQRJ dá bolsa para PUC, a través do Desafio da PUC.

MC - Há possibilidade de um aluno ir para o exterior através dessas olimpíadas?

RR - Um cara que tem mais interesse,e consegue participar e destacar-se em olimpíadas internacionais, as universidades exteriores se interessam por ele, pois vê que é um aluno esforçado e que vai além, elas vêem como uma propaganda, visto que este aluno se destaca.

MC - E como estão as escolas na OQRJ? Quem geralmente vai melhor?

RR - No Rio de Janeiro, estamos tentando fazer mais escolas participarem da OQRJ, quem participa muito é o IFRJ, Pedro II, Colégio Militar, Elite... Quem está indo bem é o IFRJ, uma obrigação nossa, visto que tem uma carga muito maior em Química... A cada ano o número de candidatos tem aumentado, esse ano tivemos mais de 2 mil alunos fazendo a prova, mas ainda temos muito que aumentar, temos uma meta de chegar a 10 mil alunos nos próximos 3 anos.

MC - Não poderia haver um incentivo ao aluno aqui na escola, como por exemplo, a criação de turmas, ou auxílio para participar dessas Olimpíadas?

RR - Isso depende mais do aluno, fica complicado, parte mais do interesse dele. Nós estimulamos falando sempre para o aluno fazer a olimpíada, pois não se tem a perder, é de graça, ou seja, só tem a ganhar, a gente no Rio de Janeiro no ano passado conseguimos aplicar curso lá na PUC para medalhistas, para como fazer um ”preparatório” para Olimpíadas, pois na verdade a intenção é só fazer com que vocês continuem estudando. A realidade é que com a matéria da escola, não precisamos dar nada a mais. Apenas na internacional que temos que fornecer um apoio, pois é “pauleira”.

MC - Alunos medalhistas acrescentam isso no currículo, o que isso ajudaria em sua carreira profissional?

RR - Bom isso mostra que o cara é esforçado, que não fica preso ao conteúdo de sala de aula, e que tem interesse de aprender mais coisas, se virar e não ficar apenas restrito ao que foi pedido. É um cara que busca novas formas de fazer, aprender. Eu acho que isso seria um ponto positivo, pois não irá atrapalhar em nada.

MC - Você concorda que há uma deficiência na divulgação da OQRJ? Pois existem alunos que não conhecem a OQRJ.

RR - Eu tento sempre divulgar, aprimorar esse sistema, mas já vi que não vai ter jeito. Passo em todas as salas, porque acabo ficando como o único responsável pela OQRJ aqui no instituto, o ideal é que fosse outra pessoa, assim eu ficaria na comissão geral, sem me dividir... No último ano inclusive tivemos muitos inscritos, pois passei em muitas salas, mas este ano com a greve acabou atrapalhando.

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