IFRJ AO SOM DO FUNK!

sábado, 12 de novembro de 2011 7 comentários
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 Instituto federal é um mundo de criação e diversidade, onde a cultura possui um papel significativo em nosso cotidiano escolar. Prova disso foram a criação e apresentação do grupo de Funk, “Os Cefetequianos”; que com inteligência e criatividade, agitou a XXXI Semana da Química. Dizem que vieram para derrubar o preconceito com os funqueiros, e desmistificar a criminalização do Funk; com letras irreverentes tratam dos assuntos do cotidiano do estudante do IFRJ, e suavemente denunciam os problemas enfrentados por essa categoria. Numa conversa agradável, contaram sobre as dificuldades e planos do grupo. Confira:
Movimento Correnteza – Como surgiu a idéia de montar um grupo de Funk?!
Os Cefetequianos – Foi algo espontâneo, sem muito planejamento; porém com dedicação de todos. Primeiramente possuíamos algumas músicas já escritas, com a temática da escola, então apareceu a oportunidade de se apresentar na Semana da Química, e com alguns ensaios resolvemos participar do Agito Cultural.
MC – Dentre vários gêneros musicais, vocês optaram pelo Funk; por que dessa escolha?!
OC – Por que é um gênero aceito por todos, mesmo aqueles que dizem não gostar, se envolvem com as batidas. E a união dessa batida com letras inteligentes, formou “Os Cefetequianos”. Também enxergamos a importância de desmistificar a criminalização desse gênero; criminosos são os bandidos e não os funqueiros; devemos derrubar o preconceito.
MC – Qual foi a sensação de se apresentar na Semana da Química, um evento de grande tradição?
OC – Foi uma sensação surpreendente; de certa forma algo inesperado. Improvisamos e foi um sucesso; e queríamos fazer uma dedicação a Profª Mariana Emmiliano, por ter apoiado, e preparado a coreografia.
MC – Depois da estréia, e da resposta positiva recebida do público; como vocês irão manter “Os Cefetequianos”?
OC – A base desse grupo é a união; e compomos músicas novas, aumentando o repertório. Precisamos agora apresentar esse trabalho para a comunidade escolar, mas é muito difícil encontrar brechas no calendário para poder agendar um show. Pretendemos nos apresentar no “Canta IFRJ”, evento que ocorrerá na Gávea.
MC – O Funk historicamente é relacionado como um movimento musical de expressão e denúncia das repressões sofridas por uma classe. Vocês acreditam que “Os Cefetequianos” também assumiram esse papel?
OC – O Funk possui essa característica de protesto; nós nos atentamos em tratar em nossas letras os assuntos pertinentes à vida escolar do estudante, mas sempre buscando um lado cômico.
MC – O IFRJ é formador de técnicos, sendo fundamental o ensino da área de exatas. Mas inegavelmente a cultura, deve possuir o seu espaço. Vocês concordam?!
OC – A cultura precisa de muito espaço, por fazer parte da formação do indivíduo, é algo intrínseco. Artes é estimuladora da expressão; o grande empecilho para as atividades desse gênero é a exigência escolar. Portanto precisamos achar brechas no calendário escolar e promover a cultura.
MC – O que vocês acharam da união da Semana da Química com a Semana da Cultura?!
OC – Com a união a Semana da Cultura ficou em plano secundário, pelo peso que possuí a Semana da Química, pela atenção dada a ela. Sendo negativo pela redução do público, pois os alunos estavam presos a outras atividades, nos projetos; e não puderam assistir as apresentações culturais.
MC - As músicas de vocês são paródias de outras, vocês pretendem continuar nesse ramo com as novidades musicais?!
OC – Para maior aceitação procuramos Funk populares, músicas que todos conhecem, sejam elas recentes ou antigas. Mas as novas músicas surgem naturalmente. Basicamente escutamos alguma música, por acaso, gostando, pegamos a batida e construímos a letra.
   


7 comentários:

  • Arthurbf12 disse...

    Cara, isso é brincadeira!
    Por que não fazem uma entrevista com um dos grupos de estudantes das dezenas de projetos discentes que não ganharam visibilidade nenhuma com a semana da química, e em muitos dos casos apresentaram trabalhos bastante interessantes?

    Não, melhor entrevistar uns calouros mulambos que improvisaram um funk pra apresentar lá na hora...

    Me poupe!

  • Mauna Loa Wa'a disse...

    Cara, os projetos sem sombra de dúvidas foram muito interessantes, adorei todos eles. Mas não acredito que não tenham ganhado nenhuma visibilidade na semana da química. Muito pelo contrário, estes foram bem prestigiados pelo publico.
    Também não vejo problema nenhum em entrevistar uns "calouros mulambos" que improvisaram funk no festival de cultura. Sério tem problema nenhum nisso.

  • Arthurbf12 disse...

    Com sinceridade, acho que acabei misturando as coisas.
    Posso ter minha opinião pessoal sobre a questão de visibilidade dos projetos por motivos que não vem ao caso citar. Mas acho que fui grosseiro no cometário aí encima. Eu não conhecia o blog e acabei tendo uma noção errada do foco e dos objetivos do mesmo. Depois de ler outra matérias, ví que a iniciativa é interessante, trata sobre assuntos de interesse direto dos alunos, a história da instituição, etc...

    Além disso, me desculpo também com os o pessoal do funk. Não tenho o menor direito de julgar a competência deles como estudantes, e talvez esses "calouros mulambos" sejam muito mais competentes e possam trazer muito mais benefícios pra sociedade em termos de pesquisa no futuro do que eu mesmo, e não é justa a afirmativa feita por mim com base em um post feito pra descontrair o blog.

    Minhas sinceras desculpas pelo comentário tosco e obtuso.

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